Ataques de mau feitio

Infelizmente, caros leitores, vivemos num país em que a liberdade de expressão ainda é uma utopia e luxo de alguns. O machismo afirma-se como um germe que nem o cilit bang consegue eliminar. Custa-me conhecer homens que ainda acreditam que mulher não opina (já diz a amiga Fi), e custa-me mais olhar para as mulheres que estão por trás desses seres e, passivamente, lhes satisfazem os egos apregoando a sua relação como prémio por bom comportamento.
Desculpem, amigos/as, mas o aceitar rebaixamentos sexuais não é, nem pode ser, uma consequência entre casais. Neste campo, caros, sou completamente salazarista: orgulhosamente só!!!!!
Se estou com alguém não vou comprometer a minha identidade por capricho másculo de supremacia que, em fim último, é unicamente física.
Tristemente ainda existem poucos homens com testosterona suficiente para amarem mulheres e não bonecos formatados por ideais estandardizados de que um ser do sexo feminino está bem é na cozinha.
Podem atirar as pedras que quiserem, apunhalar e até cortarem-me as pernas (sentido figurado, entenda-se!), a verdade é que me levanto sempre, nem que seja para voltar a cair.
Sou mulher. Gosto de o ser. Orgulho-me disso. E homem para mim tem que ver nessa força não defeito, mas sim feitio (e viva a Fi novamente!). Ainda os existem… Eu sei!
Tudo muda!

Assusta-me mais o baixar de braços e o abandono cobarde da minha individualidade do que a solidão.

Assim vos deixo…