segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Humor de segunda – feira

Sono, má disposição, resíduos de ressaca mal curada (quando o fim de semana até correu mais ou menos), olhos fundos e pele branca. Devíamos instituir a 2º feira como dia Nacional de curar ressaca.
O que poderia piorar o cenário cinza a fugir para o negro completo de uma manhã assim?
Pois é simples: falsos moralismos masculinos. Não quer dizer que não os haja no feminino, mas neste momento não é isso que quero discutir! Está na berlinda é o belo do dilema de quem “comeu” quem. Pois vou tentar expor este assunto sem grandes reservas e com uma argumentação fácil e, espero, acessível até às mentes mais machistas (homens e mulheres) da sociedade.
Então a questão é simples: quem é que tem a última palavra? De quem é o sim final? Em última instância, quem é que finge o orgasmo?!
Os seres que ainda acreditam que NÃO não significa na verdade negação desenganem-se. Por muito irresistíveis que sejam ou se achem há sempre excepções que confirmam a regra.
Há uma coisa que me aborrece (para não ser mais bruta nas palavras), o facto de sair à noite e existir sempre uma cota parte de espécimes masculinos que acreditam, qual religião de fim de semana, que por ser mulher tenho a obrigação de os aturar no seu joguinho medíocre de tentativa de sedução barata. Será que o facto de uma mulher sair á noite é sinónimo de carne fresca?
Desculpem machistas da meia branca, do fio de ouro e do óculo de sol nocturno, mas NÃO quer efectivamente dizer não. AH! E o facto de se moverem aos pares, de chave do carro na mão, por incrível que vos possa parecer não é condição sine qua non de charme e elemento de atracção fatalista para nós mulheres.
Já pensaram fazer uso da vossa massa encefálica!? Melhor, já vos passou pela cabeça que nós também a temos?
Um conselho: comprem espelhos, máquinas fotográficas/vídeo, whatever… auto-analisem a vossa deplorável figura. Depois pensem: será que eu, homem, enquanto “gaja” me dizia o último sim? Será que me “comia”?
Bem acho que é tudo. Se chegaram aqui perceberam quem é que “come” quem e que uma abordagem típica não é o que vos ajuda na hora da “caça”.
(Para que não seja este mais um pretexto de conflito: voodoo girl - porque Tim Burton é grande!)

11 comentários:

Nélio disse...

Boa tarde mà chere,

Se calhar a questão da meia branca não cai muito bem, mas a verdade é que no contexto do norte, cai sempre bem um gajo burro e mau, que anda de citroen saxo comercial, com baquetes, jantes tóning e duas bufadeiras na retaguarda... Surpreendentemente a velha máxima da oferta e da procura aplica-se também a esse campo, i.e. se não houvesse procura pelos azeiteiros, não havia oferta de azeite, eles iam vender outro produto qualquer. O que eu acho é que sinceramente vocês mulheres (e com isto não quero atingir as muy prezadas editoras =P) gostam de facto de homens com q.i.'s extremamente baixos, prova disso é a procura que têm bares como o botequim, onde os podem apanhar fresquinhos, acabados de saír dos andaimes, ainda com cimento nas unhas.

PS. Qualquer menção a nomes de bares e a pessoas, será (?) mera coincidência :P

Sílvia disse...

Dizem as línguas mais viperinas que sopram de sul que este problema é tipicamente nortenho. Custa-me a crer que não exista o denominado "azeite humano" por todo território continental e ilhas. Admito que no Norte o problema tome dimensões megalómanas e sim, a procura fomenta a oferta.
Desde já o apelo: leiam este espaço! Encarem como um manual anti-gordura, qual Fairy da sociedade... Não somos melhores nem piores. Somos diferentes.

bjo gd... caro amigo corajoso e também viperino

PeDrO disse...

é verdade k ha muito azeite no norte...muit é favor...o pior d tudo é fraca qualidade hihihi salvo raras excepções nas quais me incluo....mas tambem verdade seja dita k tive sorte em conhecer as pessoas certas lol e uma coisa knunca fui capaz d fazer (e kem me conhece sabe k é verdade) foi prestar-me a um papel desse tipo...k ridiculo....kem tem a ultima palavra sao,foram e serão sempre as mulheres (mesmo depois de casadas lol "ai...doi-me a cabeça" manhosas! lol) mas axo bem....no fim s pensarmos bem sao ela k mandam em tudo: o homem manda no mundo,elas mandam no homem logo, elas mandam no mundo...hihihi
qto a fingir os orgasmos minhas queridas acreditem k eles nao so estao a aprender a vestir-se e a a cuida-se como as mulheres o fazem mas tb estao a absorver as vossas manhas...e o orgasmos (embora,ainda nao seja teoricamente possivel fingir) eles começam a aprender como contornar a situaçao lol

Sílvia disse...

Vemos que chegou o momento de um potencial viperino nos alertar para uma nova realidade: o fingimento do orgasmo masculino!

Pormenores? Levanta-se o véu?

Helder disse...

As meias brancas, as chaves na mão e os carros tunning e pronto ali vai um azeiteiro… mas a verdade e que o verdadeiro “azeiteirismo” está na cabeça de cada um, porque não vai ser um par de meias que vai fazer com que uma mulher perca o interesse por um homem, as meias mudam-se quanto á personalidade isso já e mais delicado!
A mim sinceramente assusta-me mais o oposto, as intituladas "fashion" que enchem os olhos com a atitude e a boa aparência, e que na verdade são as verdadeiras azeitonas. Essas ainda pensam que uma conversa de café tem que levar um quanto baste de pessoas, uma pitada de roupas e duas colheres de relações conflituosas. Por isso e que vou preferir sempre conhecer uma mulher com o buço por fazer, do que uma mulher que nunca o deixou crescer só para ver como ficava!!! o que quero dizer com isto e que acho mais digna uma mulher/homem que não deixe o seu mundinho parar de crescer do que uma que se limite a viver na ignorância que criou.

“Prontus” já disse!

Sílvia disse...

Caro indíviduo de sexo diferente do nosso,

Não lhe vou tirar toda a razão que tem. Agora repare na diferença de julgamentos que faz: personalidade e aspecto físico, certo?. O que vem ao encontro da ideia base deste texto.
O boneco construido dos homens "irresistíveis" acaba por ser uma metáfora.
O que está aqui em causa, caro espéciem masculino, é o facto de atraentes ou não, há sempre um ou outro seu similar que num contexto de bar ou discoteca acredita que nós, mulheres, temos que os aturar nas tentativas mesquinhas de "marcar pontos". Às vezes corre-lhes bem porque se acercam dessas "mulheres" de mundo pequeno, outras vezes acabam a chamar coisas como: "contraceptiva e pessoa cheia de ódio" a quem lhes dá um valente chega para lá. E nós, mulheres, não somos obrigadas a aturar isto. Não temos sequer que nos prestar a este tipo de situação. Não somos carne para canhão.

saudações viperinas...

Nélio disse...

Voltando á carga, concordo perfeitamente com o teu último comentário, Sílvia. De facto as mulheres não devem ter que aturar esse tipo de situações. A questão pertinente é que a maioria de vós, que prega o desprezo pelas abordagens "à vila verde", na verdade procura-as como se elas fossem um tónico instantâneo para uma gritante falta de auto-estima, que por todas as formas se tenta esconder, talvez colocando uma fatiota visualmente mais berrante e vestindo uma pele de mulher fatal como que dizendo "olhem para mim, eu estou aqui, olhem como sou boa, metam conversa comigo". Quanto a dizerem que os homens são todos assim, é óbvio que tirando os meninos bonitos da noite que as comem todas, vocês NUNCA irão abordar um homem só porque ele parece simpático e tem algum charme... aí a unica maneira de esperar ser abordado é sempre o facto de ser vistoso, ter uma camisa aberta á frente e um colar com um crucifixo dourado a mostrar o trabalho imenso que fez durante o dia a carregar baldes de cimento. Tudo isto para dizer que a grande maioria das mulheres nortenhas dá se ao luxo de apenas aceitar ser abordada e nunca abordar quem quer que seja (a não ser os tais meninos da noite já mencionados), e esquecem-se que hoje em dia a maior parte dos homens já não está para aturar essas vossas exigências ridículas e que não é sinal de fraqueza ir sozinho para casa, mas antes sinal de paz de espírito.

Alguém escrevia no outro dia num qualquer sítio que mais que a atracção pelo sexo oposto, o factor mais determinante era a competição interna entre um grupo de amigas, no sentido de ver quem leva para casa 'O' gajo bom, ou quem acarreta mais abordagens durante uma saída á noite. (Aguardo reacções a esta afirmação :P )

Quanto ao buço por fazer... por favor meninas, não tirem ideias daqui, ok? O assunto deve-se entender apenas como uma metáfora!!! :)

Sílvia disse...

Caro humanóide masculino,

antes demais há que compreender um conceito transversal a este blog que é o de Mulher. Ora, não vamos banalizar o termo e fazer assumpções erradas sobre o que é ser mulher e o que é ser mulherzinha vulgar e fútil, aquelas de mundo pequeno, que fazem a noite do supracitado boneco “irresistível” do sexo masculino um acontecimento, no qual este tem a possibilidade de alargar a quantidade de números no telemóvel a quem não vai voltar a telefonar. Contra essa espécie de seres ditos femininos também jorra o meu veneno com força suficiente para destruir umas quantas “auto-estimas” fragilizadas pela falta de personalidade.

Tendo isto em linha de conta, o problema que se põe é que se me apetecer, enquanto mulher, usar uma mini-saia ou um decote mais ousado num determinado contexto e for, como é normal, abordada pelas aves de rapina de serviço, estes animais sedentos de carne têm que perceber o significado da palavra não, e à primeira. Eu não tenho que ir de burca para a noite para evitar situações em que me torno deveras desagradável e arrogante por não quererem perceber o que NÃO quer dizer. Peço desculpa, mas a liberdade individual ainda me permite vestir-me como bem me apetece sem ter que explicar que o abanar de cabeça do lado esquerdo para o lado direito com veemência não é algo com múltiplos significados, mas sim um conceito simples de negação.

Relativamente aos jogos das camadas femininas e a disputa pelo “gajo bom” passa-me um pouco ao lado. Digamos que quando sei o que quero não me ponho a biscatar para o lado! Não gosto simplesmente de ser abordada nem abordar na noite. Não gosto e não tenho obrigação de gostar. Por força da socialização aceito o primeiro contacto e até admiro quando percebem à primeira um não… e esta é a questão! A percepção que o garanhão tem de que Não, na verdade, não quer dizer não…

Espero ter esclarecido a minha posição pessoal!


saudações mordazes...

Anna Cerqueira disse...

Caro leitor, não podia desde já ficar indiferente, a este comentário. Concordo consigo e friso desde já que a falta de auto-estima feminina conduz a estes comportamentos lamentáveis. Qual é a mulher que busca um ressurgimento do seu ego perante criaturas desta envergadura?!
Realmente é algo que nos dá que pensar, no entanto se este tipo de feminismo preso por um fio não existisse, certamente não iríamos dar tantas gargalhadas quando o presenciamos…
Não concordo que só os “homens da noite” consigam petiscar aqui e acolá, pois existem muitos meninos bonitos que levam valentes NÃOS, sendo esse o divertimento das abordagens por parte desses pseudo sex-symbols que ficam com a cara no chão!!! Parte da postura de qualquer homem, o sucesso com o sexo feminino, no entanto a falta de auto-estima masculina, a timidez residente em certos homens que se cruzam nas teias e enredos nocturnos afasta as mulheres… quase como se gritassem estridentemente “Não venhas meter conversa comigo, pois vou gaguejar, tossir, ficar vermelho como um pimentão” até ferir os tímpanos mais resistentes. As mulheres não procuram tipos inseguros, que não sabem o que querem pois o mais certo é terem de ser elas e dar balanço e suporte a essas pessoas. Tudo bem que há mulheres com instinto maternal, mas como se sabe isso??? Nessa fase queremos um homem e não uma criança ou animal de estimação. O à vontade do menino da noite resulta de este estar inserido no seu “habitat” e não por ter mais sorte que os outros nesta maratona do quem come quem, simplesmente porque para cada tipo de homem há uma mulher!!!

Anna Cerqueira disse...

Quanto a essa afirmação começo desde já por dizer que dentro de um círculo de amigas, se tais se considerarem como tal, não existe esse tipo de competição. No entanto hoje em dia qual é o verdadeiro sentido de amizade?! Saírem juntos/as à noite?! Existe realmente uma certa concorrência entre o sexo feminino mas na minha modesta opinião esses comportamentos só se insurgem em pessoas sem auto-estima, que necessitam de estar em constante guerrilha quando surge um bom partido no pedaço levando à séria a velha citação machista de que para cada homem correspondem 7 mulheres. Esta falta de amor-próprio nas mulheres apenas resulta no facto de que quem fica a ganhar é o homem, pois é este que acaba por usufruir de uma boa noite de sexo (ou não), devido à necessidade da “melhor” amiga se afirmar a melhor dentro do grupo, qual “cão” que urina para marcar o seu território!
É de facto lamentável que haja necessidade de provar o que quer que seja para se afirmar a líder intragrupal, e não ser apenas uma inocente e divertida saída entre amigas.

Saudações diabólicas…

Nélio disse...

Primeiro que tudo... círculos de amigas onde há verdadeira amizade, não existe, o que existe de facto são círculos de amigas onde existem outros círculos de amigas e onde existem círculos de amigas que realmente têm laços de amizade verdadeiramente fortes. O grupo na sua visão macroscópica, tá numa de ser lixar umas ás outras e de mostrar quem "come" mais do que quem. (Explicação mais á frente das aspas no come).
Essa vossa têndência de saírem todas em bandos e de apregoarem aos quatro ventos o tal "girl power" acaba vos saíndo pela culatra, porque não há como sairem vinte gajas serem todas amigas... são simplesmente "Miggaaaaaaaassss" (com obrigatória parte da facadinha nas costas sempre que se cumprimentam).
E o homem não acaba por ganhar por "ganhar" uma boa noite de sexo, primeiro porque normalmente a história do "quero, posso e vou" é fogo de vista e vocês acabam por se acobardar, até porque a parte de consumar é menos importante do que a necessidade de se afirmar como gaja que pode e consegue dentro do grupo.
Por outro lado e mesmo que a noite de sexo acabe por acontecer, daí a ser "boa" vai uma distância considerável...